terça-feira, 15 de janeiro de 2008

COLUNA DAS 4 PATAS - BY HELEN




Cada vez mais são frequentes os casos de abandono animal no nosso país… É esta a triste realidade com que a maior parte das associações que se dedicam aos nossos amiguinhos de 4 patas, se deparam.

No entanto há também a possibilidade de um animal andar a vaguear sozinho na rua há já algum tempo e não ser abandonado, pode estar simplesmente perdido, Infelizmente não são assim tantos os casos em que se descobre que o animal está perdido, ou em que se descobre facilmente o dono, mas no meu constante interesse por esta causa, tenho visto bastantes donos à procura dos seus fiéis companheiros.

Há várias razões para os animais se perderem e estas diferem de animal para animal. Um cão perde-se por razões completamente diferentes de um gato, por isso há que dar atenção a algumas destas razões.

Geralmente os cães desaparecem porque foram atrás de alguma coisa e não conseguiram de seguida encontrar o caminho de volta. Regra geral, os cães têm um faro bastante apurado e encontram a sua casa ou um local que conhecem bem. Mas, há certas raças, como as raças de neve, que não têm um grande sentido de orientação, por isso se encontram muitos Syberian Huskys abandonados. Depois há as épocas de cio também… Se não tivermos cuidados redobrados nestas alturas, as leis da natureza mandam que as cadelas fujam atrás de um parceiro para procriar e os cães fujam atrás do cheiro das fêmeas… Depois vemos na rua matilhas de cães que lutam entre si para mostrar qual o mais forte e perseguem insistentemente uma cadela durante dias a fio… Por isso meninas, todo o cuidado nestas alturas é pouco! Eles conseguem saltar sítios que não imaginamos, fugir por buracos impensáveis e fazer as maiores loucuras!
É nestas alturas que muitas vezes os nossos fiéis companheiros não voltam para casa… Sem saberem andar na rua sozinhos, podem ser atropelados, envenenados, apanhados pelo canil, etc.

Depois temos os gatos. É bastante comum os gatos andarem dentro e fora de casa sozinhos e por vezes até se afastam bastante de casa, mas regra geral voltam sempre quando têm fome ou querem fazer as suas necessidades. Os gatos são animais muito limpinhos e aqueles que estão habituados a fazer no cesto dificilmente fazem noutro sítio, mesmo na rua. A razão mais comum para os gatos ou gatas desaparecerem é a altura do cio. Esta altura é bastante mais complicada do que nos cães, por isso recomendam fortemente que sejam castrados quer sejam machos ou fêmeas! Os gatos de rua procriam a uma velocidade incrível e hoje em dia cada vez mais se ouve falar em sida dos gatos, por isso há que redobrar a atenção para quem tem casa que permitam que os gatos andem livremente na rua. Esta doença, não se transmite para os humanos, mas faz com que o seu gato tenha uma morte triste e antecipada…

Este ano é então obrigatório o microchip (dispositivo de identificação electrónica) nos cães. Ainda não é nos gatos, (e não sei se virá a ser), mas se calhar também não era má ideia. Já há algum tempo que este dispositivo de identificação é obrigatório nos cães considerados de raça perigosa, mas agora será obrigatório para todos os cães.

“A Identificação Electrónica é um dos meios usados desde há 15 anos no continente europeu para diminuir a perda ou roubo de cães e gatos, consistindo na colocação sob a pele do animal de um microchip com um número de identificação único no mundo registado em uma base de dados que tem o seu contacto.

Muito eficaz em caso de furtos ou perdas de animais. O microchip tem as dimensões aproximadas de um bago de arroz não constituindo incómodo para o animal. Podem ser colocados em cães, gatos, animais exóticos e aves.
Este chip é colocado de forma indolor com uma agulha lateralmente ao pescoço do animal tornando impossível a sua detecção (excepto com o uso de um leitor próprio) e remoção.”

Para mais informações ver o site do Hospital veterinário por exemplo:
http://www.hospvetprincipal.pt/ielect.htm

No caso de encontrarem um animal abandonado ou perdido há então uma série de procedimentos que devem ser seguidos para fazer as coisas o mais facilmente e correctamente possível.

Antes de mais devemos então levar o animal a um veterinário para verificar se tem o tal microchip. Se tiver rapidamente a base de dados nos fornece o nome e a morada do dono. Caso não tenha, o caso então é um pouco mais complicado. A 1ª coisa a fazer é ir ao site
www.encontra-me.org e fazer um cartaz com a foto do animal. Esse cartaz pode ser imprimido e mandado por mail para os amigos para divulgação. Podemos também colocar as fotos em vets e lojas de animais nas redondezas. Se alguém andar à procura dele, vai encontra-lo de certeza! Depois de excluir-mos a hipótese de aparecer o dono, temos então de partir para adopção… Por vezes demora, mas vale a pena a satisfação de arranjar um lar para um novo amigo que fizemos e certamente nos ficará grato e reconhecido para a vida toda! Experimentem! Sintam a grandeza de ajudar um animal! Vão ver que é uma sensação fantástica e que afinal não é assim tão difícil quanto imaginávamos!

Podem encontrar estas dicas e muito mais nos sites do costume:
http://www.hospvetporto.pt/
www.aanifeira.pt /

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